Grandes Nomes da Dança: Martha Graham

Olá queridos alunos e visitantes do blog do InovaDance!

Como parte das novidades em nossas redes sociais e comunicação em geral, vamos iniciar em nosso blog novas séries de postagens, esperamos sinceramente que vocês curtam e divulguem!

 Algumas apresentarão referências históricas do mundo da dança, como biografias de grandes bailarinos,  grandes musicais, ballets de repertório, grandes espetáculos etc. Já outras, serão nossas professoras explicando detalhamente alguns passos de dança de nossas diversas modalidades, fotos de nossas alunas e comunicados em geral.

Hoje, nesse primeiro post, um grande nome que revolucionou a dança e que serve de inspiração para praticamente todos os bailarinos modernos: Martha Graham.

Martha Graham


Seus fãs e todos os entusiastas da dança dizem que Martha Graham mudou a dança para sempre. pois trouxe para dança movimentos modernos, intensidade e realismo.

 Martha é considerada uma das principais pioneiras da dança moderna. Graham preparou um caminho para o mundo da dança como nenhum outro. Ela dançou e coreografou durante toda sua vida e recebeu vários prêmios como a chave da cidade de Paris e a metalha Imperial Ordem da Coroa Preciosa no Japão. Também foi a primeira bailarina a se tornar uma embaixadora cultural, a se apresentar na Casa Branca e aganhar a Medalha da Liberdade, o maior prêmio dado a civis.

Martha Graham nasceu dia 11 de maio de 1894 em Allegheny, Pensilvânia, Estados Unidos, em uma família Presbiteriana. Martha era a mais velha dos seus irmãos, seu pai era psiquiatra e sua mãe dona de casa.

 Quando Martha completou 14 anos, sua família decidiu se mudar para a Califórnia para a cidade de Santa Barbara, uma cidade mais quente, em busca de uma cura para suas crises respiratórias, já que ela sofria de bronquite asmática.

Dois anos mais tarde, com 16 anos, Martha encontrou por interesse próprio a dança. Ela viu um cartaz de uma Cia de Dança em Los Angeles por Ruth St. Denis e foi assistir. A performance foi uma revelação para ela e então, naquele momento, ela decidiu  que queria dedicar sua vida à dança. Sua família não ficou lá muito feliz com a notícia, eles esperavam que sua filha exercesse uma maior ocupação, como um médica, advogada ou cientista. Ela própria disse que não teve escolha, pois foi a a dança que a escolhera.

Naquela época, o que estava no auge em termos de dança no mundo era principalmente o balé e burlesco / vaudeville e folclore. Mas Martha não estava interessada nesse tipo de dança, ela só se lembrava de Ruth St. Denis, que começava a redefinir o conceito de dança americana. 


Denis na dança, tinha um fluxo natural, e ela dançava com pés descalços, como Isadora Duncan e foi construindo as bases do que mais tarde seria adaptado por Grahm. As influências de Ruth sempre foram importantes para o desenvolvimento da Martha; porém, seus progressos na dança foram pequenos em comparação aos que Martha fez.

O começo


Com 20 anos, Martha então se matriculou na própria Denishawn Dance School, e começou a estudar com Ruth St. Denis e Ted Shawn. Quando  entrou na escola, de cara já escutou que não iria a lugar algum na dança pois estava começando muito tarde, muito velha. Ela  não se deixou desanimar e com dedicação e paixão entrentou um trabalho corporal extremamente difícil, mas foi capaz de formar o seu corpo com grande precisão.

No final, tornou-se uma das melhores dançarinas da escola e foi aceita na sociedade. Decidiu então, a certa altura, que era melhor para ir para Nova York em busca de maiores oportunidades. Ela se tornou uma dançarina da Broadway no Greenwich Village Follies. Com 30 anos foi  instrutora na Eastman School of Music, onde se tornou diretora e criou a marca de sua nova dança.  Ela teve prazer em ensinar, mas teve problemas com a burocracia da escola.

Ela decidiu então coreografar algumas danças e criou uma cia de dança. Em 1926 estreou seu primeiro show. Como ela continuou a coreografar, suas danças começaram a ficar cada vez mais revolucionárias. Sua descoberta foi em 1929 com “Heretic” e em 1930 em “Lamentation”, grandes espetáculos coreografados por ela.


O auge e seu legado


Não pensem vocês que o trabalho inicial de Graham foi bem recebido pelo público. Naquela época o publico encarava a dança como entretenimento. Queriam ir para a Broadway ou ao Ballet  para se divertir, não para pensar e sentir. Martha não apresentava um tipo de dança "divertida" ao público.


Ela encarava a dança mais como uma terapia ou uma cobaia em seu mundo de caos emocional e paixão. O estilo de Martha foi marcado por movimentos fortes, precisos, alta circulação da energia e muitas  contrações abdominais, bem como saltos e coreografias de chão controladíssimas.  Ela realmente desprezou o termo que a imprensa adotou para explicar seu estilo “dança moderna”, e preferia o termo “dança contemporânea”. 

Sua explicação era que o conceito de “moderno” estava em constanteem evolução e, portanto, não era correto como uma definição. 

Logo depois dirigiu o departamento de dança na Universidade de Nova York e mais tarde se tornou uma das fundadoras da Julliard School, agora uma proeminente Universidade de Artes, senão a mais famosa dos EUA.

Durante a maior parte da sua vida Graham não permitia a filmagem ou fotografia das suas danças. Raramente ela as autorizava e é graças a essas raras fotos isso que somos capazes de ver suas obras hoje.

Martha continuou dançando bem até  seus 60 anos, mas ficou deprimida com o seu corpo e se afundou em álcool, em desespero.

Graham era tão apaixonada pela dança que não deixou os palcos, embora os críticos dissessem que ela já estava ultrapassada. Quando a voz dos críticos cresceu, Graham se aposentou dos palcos. Seu desempenho final foi aos 76 anos.

Martha Graham faleceu no dia 1 de abril de 1991.


Seu estilo, plástica, precisão e mais ênfase na paixão e menos na técnica, fez dela uma das mães da Dança Contemporânea como a conhecemos hoje.


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